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  • Foto do escritorFernand Lodi

Instituto Usiminas investe em ações de acessibilidade



Aquisição de equipamento de audiodescrição permitirá que deficientes visuais prestigiem atrações quando os espaços da instituição forem reabertos


O Instituto Usiminas celebra o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, anualmente comemorado no dia 21 de setembro, promovendo iniciativas que tornam as suas atrações culturais cada vez mais acessíveis.


A novidade deste ano é a chegada do equipamento de Audiodescrição, que permitirá o acesso de mais pessoas com deficiência visual em espetáculos e outras atrações culturais, quando o Centro Cultural Usiminas for reaberto.


O equipamento de tradução simultânea é um recurso intersemiótico que torna as imagens acessíveis em palavras e foi adquirido com recursos do projeto do Instituto Usiminas, aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocinado pela Usiminas.


Em uma cabine, 12 pessoas com deficiência visual poderão ter acesso à uma minuciosa audiodescrição com o apoio de um intérprete.


Conforme o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência, seja dos tipos visual, auditiva, motora ou mental/intelectual.


Desse total, 20% possuem deficiência visual. Em Ipatinga, uma pesquisa realizada pela Associação dos Deficientes Visuais de Ipatinga (Adevipa), em 2017, apontou que o município possui 560 pessoas com deficiência visual e 32 mil pessoas com baixa visão.


Diante do contexto, para o presidente do Conselho Fiscal da Adevipa, Geraldo Silverio Bastos, de 76 anos, cego há 16 anos, o equipamento de audiodescrição é mais um incentivo para as pessoas com deficiência visual.


“Eu escrevo em braile, mas não leio. Então, a audiodescrição é o meio que mais utilizo para ter acesso à informação. Na Associação, temos jovens na faculdade, que terão mais oportunidades de conhecimento com essa iniciativa do Instituto Usiminas”, enfatiza.


Humanização


A massoterapeuta Alice Peri Maura, de 21 anos, que possui deficiência visual, aguarda ansiosa pela volta as atrações presenciais no Instituto Usiminas.


Moradora de Timóteo, Alice é sempre presença confirmada nas ações mediadas por audiodescrição pela equipe da Ação Educativa.


Ela participou da contação de histórias “Sons coloridos com amor”, da exposição sensorial “Parque de Bambu” e da exposição “Música Brasilis”, realizadas em 2019.


“Eu gosto muito de teatro e de contação de histórias. Eu adorei aquela que toquei nas minhocas [referindo-se ao Parque de Bambu. Mas eu consigo participar de alguma atividade de entretenimento somente quando tenho alguém para me acompanhar e descrever o que está vendo”, conta Alice.


“Estamos sempre em busca de atrações adaptadas. Então, iniciativas como a Instituto Usiminas, que proporcionem independência para entretenimento, é muito bem-vinda”, completa Sandra Peri, que é avó da Alice e coordenadora da Associação das Pessoas com Deficiência de Timóteo e Amigos (Adevita).


Segundo a diretora do Instituto Usiminas, Penélope Portugal, a acessibilidade é uma prioridade para a instituição.


“Nossas atrações presenciais e virtuais estão sempre abertas às pessoas com deficiência. Mais do que investir em recursos que permitam inclusão e acessibilidade, no Instituto Usiminas buscamos a humanização das nossas ações para que aos poucos, possamos estabelecer uma relação de confiança com nosso público”, declara.


Tradução em Libras


Realizadas desde 2018, as iniciativas com a presença de intérpretes de Libras no Instituto Usiminas foram conquistando o público do Vale do Aço e de municípios vizinhos, como Caratinga, Belo Oriente e Governador Valadares.


Por meio do agendamento escolar da Ação Educativa, o Instituto Usiminas já recebeu pessoas com deficiência de mais de 54 escolas em atrações realizadas no Centro Cultural Usiminas.


Durante as determinações de isolamento social, as atividades continuam a ser realizadas com transmissão pelas redes sociais do Instituto Usiminas (@institutousiminas), e contam com a tradução em Libras.


Espetáculos como “Portinari Pé de Mulato”, da Cia. Articularte, “Visitas Teatralizadas”, a exposição “Portinari - Releitura do painel “Civilização Mineira, por Ronaldo Fraga”, palestra do Programa de Formação da Ação Educativa, com o antropólogo Tião Rocha, além das edições de 2018 e 2019 do Salão do Livro Vale do Aço são algumas atrações que contaram com intérprete de Libras e ajudaram a consolidar as ações de acessibilidade no Instituto Usiminas.


Outra iniciativa que impulsionou esse reconhecimento foi a parceria com o Instituto Visual Libras para promover o curso de Tradução de Libras no Centro Cultural Usiminas, aos sábados.


Com as determinações de isolamento social, o curso está suspenso aguardando o retorno da reabertura dos espaços.

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