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  • Foto do escritorFernand Lodi

Logística Complexa da Expo Inox 2019



A PMT perdeu a grande oportunidade de atuar no espaço público para ofertar gentileza e cordialidade tanto aos munícipes como para nossos visitantes e expositores da Expo Inox, permeada de obstáculos oriundos da incapacidade política de solucionar entraves e de requalificar lugares com potencial paisagístico no centro da cidade


Nesta terceira edição a Expo Inox inovou em logística e aconteceu no “core” do Centro Norte de Timóteo, na Praça 1º de Maio, incluindo o Ginásio coberto, entre o Centro Cultural Fundação Aperam e o Escritório Central da Aperam South America. Uma localização bastante emblemática e sintomática de que a cidade pode e deve repensar em expandir e requalificar o espaço público de forma a promover diversificados eventos.


A logística desta III Edição da Expo Inox foi pensada e idealizada pelo arquiteto e urbanista Joel Lima, pressupondo-se um trabalho hercúleo para a criação e localização dos pavilhões no sentido de ofertar acessibilidade aos visitantes e expositores, tendo em vista que a Administração Municipal alegou durante a feira que não há recursos para a retirada dos muros que envolvem o Ginásio Coberto (Secretaria de Obras serve para que? E qual a dificuldade para a realização de parcerias?).


A ampliação da Praça 1º de Maio com o Ginásio Coberto transformaria a conformação plástica do Centro Norte de Timóteo, revitalizando e requalificando a malha urbana com paisagismo, áreas de circulação, jardins (Afinal para que serve o viveiro de mudas da PMT?), iluminação e equipamentos urbanos encontrados na cidade e na região.


A despeito da efetiva parceria da PMT e apoio do Prefeito Douglas Willkys Alves Oliveira à Expo Inox, tantos os visitantes que circularam nos quatro dias da feira, como alguns expositores demonstraram descontentamento e insatisfação com os obstáculos (muros, grades, degraus, etc.), existentes durante a circulação, bem como as áreas inacessíveis e subutilizadas no entorno do Ginásio Coberto para maior fruição dos expectadores e distribuição de estandes.


Expositores também insatisfeitos pelo emparedamento entre muros a muito desnecessários, onde já poderia haver paisagismo e jardins em continuidade com a Praça 1º de Maio. Projetos na Secretaria do Planejamento não faltam para tal.


Há décadas o ex-prefeito Geraldo Hilário fez duas tentativas para anexação de todo o quarteirão à Praça, sem sucesso. Primeiro o Projeto conceitual “Cidade Aberta”, elaborado por Essencial Ar e o arquiteto e urbanista André Assis, que se desdobrou em “Praça do Inox”, outro projeto, idealizado pelo arquiteto e urbanista Joel Lima, no qual Essencial Ar foi convidado a colaborar, a despeito de reputar inúmeras incongruências.


O Executivo de um Município tem a missão da vontade de realização e propiciar o melhor para os cidadãos nos mais variados aspectos da administração pública. Não é indispensável que seja especialista em Urbanismo, Saúde, Educação, etc., para que promova o bem estar e potencializar áreas estagnadas e mal planejadas ao longo dos anos. Porém é responsável pela vontade política de fazer acontecer, aliando-se aos especialistas nas distintas áreas.


Já a questão urbana que a Expo Inox tornou visível para todos é um tema tão prioritário que deveria estar na pauta da recente licitação do atual governo para revitalizar o plano viário da cidade. Porém todas as “doenças” urbanas pela qual Timóteo passa são invisíveis aos olhos tanto do Executivo como de sua equipe.


Um outro questionamento que se faz necessário é por que no Pavilhão da Indústria havia apenas 12 estandes que trabalham o aço inox. Obviamente que uma cidade industrial, cuja Secretaria de Desenvolvimento Econômico em gestões anteriores e atual não conseguiram também a décadas construir um verdadeiro Distrito Industrial para atrair investimentos empresariais na manufatura do aço inox produzido na cidade que no mínimo é inconcebível, para não dizer patético.


O mais distraído dos transeuntes que circulam pela cidade só observam a atmosfera da velha, esdrúxula e bizarra política adotada pela atual gestão em continuar utilizando as cores vermelha, azul e branca em todos os prédios públicos que pontuam a cidade.


Como a grande angular dos nossos governantes não visualizam nossas “doenças” e entraves urbanos e não tem capacidade, competência e talento para fazer parcerias temos que conviver com situações lastimáveis na paisagem urbana de Timóteo.


Ainda assim e a despeito de todos os óbices a Expo Inox se consolidou ainda mais como um dos maiores e bem sucedidos eventos na história da cidade de Timóteo.

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