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Diagnóstico precoce e prevenção ainda são as melhores armas no combate às hepatites virais

  • Foto do escritor: Fernand Lodi
    Fernand Lodi
  • há 20 minutos
  • 3 min de leitura

Silenciosas, traiçoeiras e ainda pouco conhecidas pela população, as hepatites virais seguem sendo um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil.


Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, milhares de pessoas ainda convivem com o vírus sem saber, o que aumenta os riscos de complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.


Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, o país registrou mais de 700 mil casos confirmados de hepatites virais, sendo as mais frequentes os tipos B (cerca de 260 mil) e C (mais de 270 mil).


No mês de julho, quando se celebra o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28/07), a campanha ganha força para alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento.


A médica hepatologista da Fundação São Francisco Xavier, Nicoly Eudes, reforça que o grande perigo das hepatites está justamente no fato de, muitas vezes, elas não apresentarem sintomas.


“As hepatites virais muitas vezes são silenciosas, não ocasionando nenhum sinal ou sintoma. Daí a importância da realização de testes diagnósticos. A hepatite A é transmitida principalmente pela via oral-fecal, ou seja, por meio de água e alimentos contaminados, higiene inadequada e falta de saneamento básico. Já as hepatites B e C têm como principais vias de transmissão o contato com sangue contaminado e relações sexuais desprotegidas. O compartilhamento de seringas, lâminas de barbear, alicates de unha, e a realização de procedimentos como tatuagens, piercings ou até cirurgias em ambientes que não seguem as normas de biossegurança, são fatores de risco”, explica.


De acordo com a médica, no cotidiano, hábitos simples podem evitar a contaminação. “No caso da hepatite A, é fundamental lavar bem as mãos após usar o banheiro e antes de se alimentar, higienizar bem frutas e verduras, evitar o consumo de alimentos crus em locais de procedência duvidosa e beber sempre água potável. Para as hepatites B e C, o não compartilhamento de objetos perfurocortantes e o uso de preservativo durante as relações sexuais são medidas indispensáveis. Ainda que haja vacinas seguras para as hepatites A e B, os cuidados diários para se evitar a transmissão das hepatites virais são muito importantes”, orienta.

Dra. Nicoly Eudes reforça que o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento, especialmente nos casos das hepatites B e C, que podem evoluir para formas crônicas.


“Enquanto a hepatite A não conta com medicação específica — sendo tratada com repouso, hidratação e alívio dos sintomas —, os tipos B e C dispõem de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo Ministério da Saúde.


O tratamento para hepatite C, em especial, têm revolucionado o cenário da doença, com índices de cura superiores a 95%”, destaca.


No Hospital Márcio Cunha, mantido pela Fundação São Francisco Xavier, os exames diagnósticos para hepatites virais estão disponíveis à população.


A coleta de sangue e a realização de testes específicos permitem identificar precocemente a infecção e iniciar o acompanhamento adequado. Além disso, testes rápidos estão disponíveis nos postos de saúde, de forma simples e gratuita.


Dra. Nicoly deixa um apelo à população. “Procure um posto de saúde, faça seu teste. Com o avanço da medicina, os tratamentos atuais apresentam altas taxas de respostas e, quando realizados de forma precoce, protegem seu fígado contra a cirrose e o câncer. Não tenha medo. Vamos juntos na luta contra as hepatites virais”, pontua.


Fundação São Francisco Xavier


A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).

As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança.


Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.


Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

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