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  • Foto do escritorFernand Lodi

Cobra Cariru



Últimos dias para o publico visitar a obra do cenógrafo e arquiteto Joab Sangi que está exposta no jardim do Centro Cultural Usiminas


A instalação criada pelo artista, esta há mais de 30 dias a disposição do público e recebeu a visita de diversos alunos das escolas do Vale do Aço e público em geral.


A obra pode ser visitada até o dia 17 de maio, todos os dias da semana entre os horários de 10h às 20h no Jardim externo do Centro Cultural Usiminas. A entrada é gratuita.


O projeto desenvolvido pelo arquiteto e cenógrafo Joab Sangi, tem como objetivo revisitar a memória originaria da Região do Vale do Aço, uma homenagem aos que vieram antes.


Através dos contos locais e lendas indígenas, a obra atua na cidade, a fim de denunciar o descarte abusivo de resíduos na natureza. Transformar o lixo da cidade em obra de arte e ressignificar o conceito do que é lixo, são os maiores desafios do artista.


Nessa série, Joab se inspirou na lenda da cobra encantada que permanece até hoje na memória folclórica da cidade de Ipatinga.


Cariru foi uma serpente gigante que por centenas de anos, protegeu a região que hoje conhecemos como “Vale do Aço”.


A cobra fantástica que vivia às margens do Rio Doce, território originário dos povos indígenas, guardava o local que naquele tempo, era conhecida como “Vale Verde”. Com suas escamas reluzentes e seu olho mágico, Cariru cegava os colonizadores e invasores que chegavam mal-intencionados à região. Quando avistavam a cobra, os olhos deles não suportavam o brilho exuberante que refletia da serpente.


Todos ficavam cegos, imediatamente. Perturbados pela aparição da cobra e sem poder enxergar, eles se perdiam na mata e morriam de fome ou por acidente. Aqueles que olhavam a cobra nos olhos e conseguiam fugir, enlouqueciam de medo.


Reza a lenda que essa história deu origem ao nome do bairro na cidade de Ipatinga, onde a cobra viveu por centenas de anos escondida na “Fícus”, uma linda árvore à beira da avenida Japão, tombada pelo patrimônio histórico e artístico da cidade.


Nessa instalação, a série Cariru denuncia a poluição plástica que impacta a região do Vale do Aço. O sistema atual de produção, uso e descarte de lixo no mundo está falido.


Ele praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza. Esse comportamento afeta a qualidade do ar, do solo, das águas e a vida da população humana e animal.


É urgente mudar esse cenário e levar esse debate para as escolas, ruas e nas casas dos cidadãos.


O impacto educacional dessa arte no espaço urbano e privado é uma das estratégias do artista em promover diálogos da sua arte na cidade onde ela é produzida e pensada.


As latas recicladas que compõem a obra, foram doadas pela população e estabelecimentos comerciais de Ipatinga. Uma iniciativa que envolve a cidade como um todo.


O projeto é uma realização da GaleriA3; projeto de criação de Joab Sangi; curadoria de João Carlos Cardoso; montagem de Joab Sangi e Marcos Rufino; assistente de montagem de Lucimar Severiana, Bruno Rodrigues, Chrika de Oliveira, Mel de Faria, Filipe Fernandes, Danilo Antunes, Jeff di Jesus; Serralheria de Ildmarques celestino Rosa, Richard Lucas Reis Silva e Pablo Oliveira.

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