Espetáculo de dança ADEÓ, do grupo Hibridus, ocupa a Estação Memória e o bairro Bom Jardim com arte, memória e ancestralidade

Fernand Lodi
14 de jul.
3 min de leitura

O grupo Hibridus, referência em dança contemporânea no Vale do Aço e reconhecido nacionalmente e internacionalmente por seu trabalho artístico e comunitário, apresenta o espetáculo ADEÓ, parte da programação do projeto Escutando o Chão de Ipatinga, na próxima terça-feira, 15 de julho de 2025, às 19h, na Estação Memória Zeza Souto (Rua Belo Horizonte, 272, Centro de Ipatinga). A apresentação é gratuita.

Além do centro da cidade, o espetáculo também será levado ao bairro Bom Jardim, território onde pulsa o coração da comunidade, ampliando o acesso à arte e à cultura.

As apresentações no bairro acontecem nos dias 25 e 26 de julho, também às 19h, no Centro de Convivência Esaú José da Silva (U.D.C.B.J.), localizado na Avenida Orquídea, 450. Nessas datas, o público será recebido com pipoca gratuita, em um gesto de acolhimento e celebração coletiva.

O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que promove o fortalecimento da cultura nos territórios e apoia iniciativas comprometidas com o desenvolvimento artístico e social das comunidades.

Sobre ADEÓ e o Hibridus Ponto de Cultura

ADEÓ é um convite ao silêncio que escuta, ao corpo que lembra, aos passos que reconhecem a terra onde pisam.

A palavra que dá nome ao espetáculo é uma saudação em iorubá usada nos rituais de despedida. Na cena, os intérpretes-performers elaboram, com gestos e presenças, um rito poético que entrelaça memória, ancestralidade e resistência.

Fruto de um processo de pesquisa do Hibridus sobre os corpos-memória e as vozes silenciadas da história, o espetáculo ressoa o chão de Ipatinga: suas lutas, suas danças, seus silêncios, seus cantos e seus desaparecimentos.

Criado em 2001, o Hibridus Ponto de Cultura é uma dos mais importantes grupos de dança contemporânea da região, com sede no centro de Ipatinga.

O grupo se destaca por promover uma arte comprometida com a transformação social, a educação popular e a valorização das identidades locais. Ao longo de mais de duas décadas, o Hibridus formou artistas, realizou festivais, circulou por diversos estados do país e consolidou uma rede de afeto, formação e resistência.

Para Wenderson Godoi, diretor do Hibridus Ponto de Cultura, o projeto reafirma a importância da política pública como ferramenta de acesso e cidadania.

“Desde 2002, o Hibridus tem se dedicado a uma arte comprometida com a transformação social, a educação popular e a valorização das identidades locais. ADEÓ é resultado direto de uma política cultural que entende a cultura como direito. Estar no Bom Jardim não é só descentralizar: é reconhecer o território como lugar legítimo da arte e da memória”, ressalta.

Este projeto é produzido pela Cênika Eventos, com apoio da WG Produções, pelo Centro de Convivência União de Defesa da Comunidade do Bom Jardim (UDCBJ) e pelo Hibridus Ponto de Cultura, com apoio do Fundo Municipal de Cultura de Ipatinga, da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e da Prefeitura de Ipatinga.

A realização é do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, por meio da PNAB – Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

A política pública de fomento foi fundamental para que o grupo construísse esta obra, a ensaiasse e, agora, compartilhe com o público de forma gratuita. A dança, aqui, cumpre sua função mais profunda: ser linguagem, memória e direito.

Ficha Técnica

Artistas da dança: Wenderson Godoi e Luciano Botelho

Direção: Jorge Alencar, Netto Machado e Léo Coessens

Trilha: Barulhista

Figurino: Vanuza Bárbara

Iluminação: Morrison Deolli

Coordenação de Comunicação: Luciano Botelho

Produção Executiva: Cênika Produções

Assistente de Produção: Alexia Silva, Jany Francisca e Christiane Juliana

Social Media: Priscila de Paula, Gabriela Teodoro e Caroline Lourence

Assistente Administrativa: Isabela Dias

Direção Técnica e Logística: Morrison Deolli