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Pesquisadores, arquitetos e urbanistas debatem adaptação climática urbana em pré-COP30 

  • Foto do escritor: Fernand Lodi
    Fernand Lodi
  • há 17 minutos
  • 3 min de leitura
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Representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) receberam nesta terça-feira (4/11) integrantes da Expedição “Road to COP30 – Agenda de Ação em Movimento”, que percorre quatro biomas brasileiros, da Mata Atlântica à Amazônia, com o objetivo de promover debates sobre adaptação climática, inovação urbana e energia limpa.


O encontro foi realizado na sede do CAU/BR, em Brasília, e antecedeu a Roda de Conversa Pré-COP30 com especialistas, membros do governo federal e da Universidade de Brasília (UnB) sobre financiamento climático e cooperação internacional para sustentabilidade, no Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB.


No CAU/BR, o diretor-executivo do Instituto Bem Ambiental (IBAM), Sérgio Myssior, participou da reunião da Comissão de Relações Institucionais (CRI-CAU/BR), com a presença dos conselheiros federais Carlos Lucas Mali (coordenador da CRI), Tito Carvalho (coordenador-adjunto), Welton Barreiros Alvino, Hidelbrando Ferreira (conselheiro suplente) e Poliana Risso, representante da Instituição de Ensino (IES); do chefe de gabinete Pedro Schultz; e da arquiteta e urbanista, assessor técnica da CRI, Carla Pacheco.


Além de representantes do IBAM e do CAU/BR, participaram da conversa, na UnB,  o diretor do Departamento de Adaptação das Cidades à Transformação Climática e Transformação Digital do Ministério das Cidades, Yuri Rafael Della Giustina; o assessor técnico da Subsecretaria de Assuntos Econômicos e Fiscais da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda; Guilherme Laux; e o professor do CDS-UnB e da Rede Clima, Saulo Rodrigues.


A roda de conversa na UnB reforçou que sustentabilidade urbana, moradia e financiamento climático são dimensões inseparáveis na transição para cidades mais resilientes e socialmente justas. Os participantes defenderam que o enfrentamento da crise habitacional deve ser parte central da política de adaptação climática.


Sérgio Myssior lembrou que cerca de 41% dos domicílios brasileiros apresentam algum tipo de inadequação, seja na qualidade construtiva, na infraestrutura urbana ou na regularização fundiária.


Para o diretor do IBAM, pensar em sustentabilidade sem considerar a moradia em suas dimensões de quantidade, qualidade e localização é manter o problema à margem das soluções estruturais.


O secretário Yuri Della Giustina destacou que o Ministério das Cidades está finalizando o Plano de Adaptação das Cidades às Mudanças Climáticas, que será apresentado durante a COP30, em Belém (PA).


“Essa agenda só avança se for construída de forma conjunta entre União, estados e municípios”, disse.


Os membros da CRI-CAU/BR ressaltaram o papel da arquitetura e do urbanismo na integração entre políticas públicas e comunidades locais.


O conselheiro federal Tito Carvalho lembrou que o conselho reúne cerca de 240 mil profissionais e pode contribuir de forma integrada para a transição urbana. Poliana Risso (IES) destacou que, embora seja um conselho profissional, o CAU/BR é uma autarquia pública federal, com a missão de ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento técnico.


O arquiteto e urbanista Filemon Tiago, do movimento Arquitetos pela Moradia, defendeu a Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) como instrumento direto de enfrentamento da crise climática.


Filemon mencionou a importância de incentivar o uso de materiais locais e técnicas tradicionais, além de promover a educação para a sustentabilidade entre profissionais da área.


O debate também abordou os entraves para o acesso a recursos internacionais de adaptação climática. Segundo os participantes, o Brasil ainda enfrenta barreiras técnicas e institucionais para se habilitar a fundos como o Fundo Amazônia, pela falta de plataformas unificadas de informação e de profissionais capacitados. Entre as propostas, está a criação de programas de qualificação técnica para arquitetos, urbanistas e gestores públicos, com oficinas e ações regionais voltadas à estruturação de projetos e captação de recursos.


Entre os desafios apontados, os debatedores citaram a continuidade das políticas públicas, a formação técnica e o fortalecimento da educação como bases para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras.


Como desdobramento, foi sugerida a realização de um festival de urbanismo em 2026, reunindo iniciativas públicas e privadas sobre temas como iluminação pública, economia azul, segurança urbana e inovação tecnológica.


Outro grande desafio, segundo o coordenador da CRI-CAU/BR, Carlos Lulas Mali, é garantir a continuidade dos debates com os conselheiros, a comunidade arquitetônica e a sociedade sobre o que foi apresentado na conferência e as ações no pós-COP30.


“A CRI está comprometida em transformar essas discussões em metas concretas, assegurando que o legado da COP30 seja duradouro e efetivo”, frisou.


Acompanhe as próximas paradas do motorhome rumo à COP30, iniciativa do IBAM, em parceria com o CAU/BR, Grupo MYR e o Conselho Federal de Química (CFQ):


5 e 6/11 – Palmas (TO): cidades planejadas sob calor extremo

7 e 8/11 – Imperatriz (MA): adaptação urbana e energia limpa

9/11 – Belém (PA): Amazônia urbana e diplomacia climática


A viagem termina na Blue Zone da COP30, em Belém (PA), com a inauguração do Pavilhão Cidades Resilientes..

 
 
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"Arte é a Prática da Verdade, do Bem e do Belo, ou seja, Ética, Filosofia e Estética em todos os Âmbitos da Vida"    Massararu Taniguchi/Filósofo Japonês

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